quinta-feira, 30 de setembro de 2010

As televisões andam hoje como o governo e o país têm andado nos últimos tempos: às aranhas. Uma comunicação social dependente de tragédias não sabe se há-de abrir os telejornais com as medidas de austeridade ou a derrota do Benfica, se transmite os comentários pesarosos do Jesus ou se dá a palavra ao directo do Paulo Portas.

It's like a free ride when you're already there

Ontem foi o dia do solteiro.
Anos. Anos a desejar saltitar pelas "colinas que estão vivas ao som da música" das comemorações de um dia como este. Um dia dedicado a mim e às alegrias de ser solteira e viver uma vida de luxúria e devassidão, como qualquer solteira que se preze. Um dia em que não houvesse ursinhos de peluche, balões a dizer I love you e caixas de bombons em forma de coração, mas apenas luzes vermelhas, velas de aromas afrodisíacos e clones do Ljungberg.
Só este ano é que tomei conhecimento do dia do solteiro. Agora que já me retirei da competição. Que estou quase casada, que só falta escolher o anel de noivado com diamantes Swarosvski e o crédito pessoal que o futuro noivo vai usar para mo comprar. Agora que já o vestido de noiva está imaginado, a quinta marcada, a missa apalavrada com o senhor padre, as parcelas da lua de mel previstas na lista de casamento da agência Abreu. Agora que os nomes das três crianças já estão escolhidos e registados na lista de espera do melhor colégio privado. Agora que eu já encontrei o robe cor-de-rosa roçado para usar nas noites que passarei a engomar as camisas do meu homem enquanto ele estiver a beber minis no sofá a ver o Benfica. Agora que já tenho um lote de calças 48 para vestir quando ganhar os 20 kg depois de dois anos de casamento. Agora que já comprei um protector solar não oleoso para o maridinho usar na cabeça quando ficar careca.
É que já só falta mesmo o quase. Falta informar o futuro noivo. É apanhá-lo a jeito assim numa sala onde ele não tenha muitas hipóteses de fugir a sete pés quando ouvir isto tudo.
E de repente, depois de tanto plano feito, aparecem-me com o dia do solteiro. Está mal.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Lido hoje

"Nacionalidade: Gitana"

Será de que Estado? Gitania? Gitalândia?
De que cor serão os passaportes emitidos por este Estado?
Há companhias low cost a voar para lá?
Será algum território que o Sarkozy criou para solucionar a "Questão Cigana"?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Há pessoas na minha vida que, por aquilo que fizeram ou disseram, já me desiludiram. Uma, duas vezes. Mas não faz mal. Ou se calhar faz, mas acho que vale a pena mantê-las comigo. Existem outras, porém, com quem cortei de vez. Pela gravidade do que fizeram ou por já terem feito o mesmo a outros, optei por varrê-las num só golpe. Assim não há incómodos, não há o alimentar de ódios ou ruminações. E isto dá uma tranquilidade enorme à minha vidinha.


Agora, no entanto, há uma pessoa que eu, por mais que tente, não me consigo livrar. Não consigo varrer para a rua, juntamente com o cotão e as baratas. Entra-me em casa todos os dias, todo o santo dia. Nos noticiários, nos jornais, na rádio, na internet. Já tentei deixar de ver notícias, o que para uma viciada em informação só a tentativa é já um feito notável. Em vão. Porque sinto na pele as consequências das suas decisões, das suas birras, as forças hercúleas com que se agarra ao poder só pelo poder. Eu e mais 10 milhões de portugueses.


Por motivos constitucionais alheios à minha vontade, vou ter que aguentar esta pessoa mais quase um ano.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Todos somos um Benjamin Button

Quando temos 10-12 anos, as pessoas mais velhas olham para nós e exclamam "Já estás uma senhora"!
Quando temos quase 30 anos, as pessoas mais velhas olham para nós e exclamam "Ainda és uma criança! Olha para esta carinha, ainda tens muita vida pela frente".

De como perder o (pouco) respeito que se tem pelos outros

Num episódio da série Coupling, uma das personagens fala em qualquer coisa como a melhor maneira de ultrapassar a insegurança numa entrevista de emprego ou no trabalho em geral, é imaginar os entrevistadores ou os colegas sem roupa, totalmente nus.
A tradução desta técnica para a vida real deve ser cuscar o perfil do Facebook dessas pessoas. Porque há gente que ainda não tem o mural e as fotos bloqueadas a estranhos. E aí é ver criaturas que no dia-a-dia se enchem de pose e hierarquias em fotos rídiculas, com status ainda piores e a usar expressões como iiiiuuuuupppiiiiii e afins.
Não há nada que pague, não senhor.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

If you love me won't you let me know?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

no apologies ever need be made, i know you better than you fake it

Dia Um

Será que isto arranca de novo?
Only Skies now, without London.

Devagar, devagarinho...