Pois não tenho escrito. Porque não há nada para escrever. Sobre o que escrever.
As eleições não trouxeram nada de novo.
Comentar as escutas, o novo governo ou como as campanhas andaram ao ritmo de um programa de entretenimento seria dizer banalidades ou repetir o que os outros já disseram.
Já não tenho paciência para as beatas ofendidas que se mandam ao ar cada vez que o Saramago fala.
Leituras pseudo-intelectualizadas sobre filmes e livros também não me parece.
Nem sequer há um miúdo giro (ou feio, for that matter) que me dê que pensar ou que escrever, para o bem ou para o mal.
Será puro tédio ou apenas o último degrau para o nirvana e uma vida de contemplação. O futuro da minha sanidade mental o dirá.