London Soundtrack

Feist: Inside and Out

I ain't no vision, I am the girl
who loves you inside and out
Backwards and forwards with my heart hanging out
I love no other way
What are we gonna do if we lose that fire
...
You're the reason for my laughter and my sorrow
Blow out the candle I will burn again tomorrow
No man on earth can stand between my lovin' arms
And no matter how you hurt me, I will love you till I die

Choque de civilizações

Por estas bandas - ou será só na minha escola - os professores e palestrantes parecem ter uma apetência especial por usar em plena aula expressões como "shit" e "fuck up".

Talvez não haja de facto outras palavras que possam ser empregues quando se fala de direito internacional.

Nunca dividirei o meu espaço com um homem porque

• a casa-de-banho fica sempre toda molhada
• o assento da sanita fica sempre para cima
• eles fazem a barba e deixam pêlos espalhados por todo o lado, inclusivamente no espelho e por cima dos meus cremes e maquilhagem
• ressonam (alguém devia gravar a quantidade de ressonares diferentes que um homem é capaz de emitir numa só noite)
• eu bem posso estar a ser esmagada contra a parede ou quase a cair da cama que eles não se mexem nem um milímetro. Empurrar um homem a dormir ou empurrar uma parede vai dar ao mesmo.
• eles fazem piadas sobre a quantidade de cremes que eu tenho, mas depois pedem-me para lhes pôr creme nas mãos.

Sim, este fim-de-semana não foi fácil.

Eu sei que é um cliché...

mas é verdade.

De nada vale a inteligência, a beleza, um bom emprego, o carro ou a conta bancária se um homem não souber fazer-me rir.

BREAKFAST AT TIFFANY´S

Vi hoje este filme pela primeira vez.
Afinal, talvez haja cura para o meu cinismo galopante.
E daí... a vida não é um filme e as mulheres não acordam bonitas com a maquilhagem da noite anterior por tirar...

Percebem porque estou a aprender urdu?

No artigo do Público sobre os terroristas de Mumbai:
Uma testemunha indicou que falavam "urdu com sotaque da Caxemira".

Thanksgiving Day

I give thanks to the wonderful pumpkin pie my american friends gave me this evening.

London Soundtrack

How Deep Is Your Love, The Bird and The Bee

Code Red

Com o crescente número de homens a assumirem a sua homossexualidade, a sofrerem de desgostos de amor ou em relações monogamas estáveis, o perigo de uma guerra civil entre as mulheres está iminente.

O regresso ao estado natureza, a guerra de todas contra todas pelo controle dos escassos recursos disponíveis.

A coisa mais bonita e mórbida que já me disseram

"Susana: nunca morras. Eu quero viver num mundo em que sei que tu existes."

Fiquem sem palavras. O que se responde a isto?

Quando se confundem os meios com os fins

"Even if he can vote to choose his rulers, a young man with AIDS who cannot
read or write and lives on the brink of starvation is not truly free."

Aqui

Em missão

Vou deixar o mestrado para segundo plano e concentrar todos os meus esforços para descobrir onde pára este jovem talento britânico. Afinal uma pessoa tem que estabelecer prioridades na vida.
Chama-se Hugh Dancy e tem um belo olho azul.

Mas quem é que este tipo pensa que é???

«Com Pinto da Costa nem morto treinava o FC Porto», diz Manuel José.

Aqui

O livro que me fez gastar os últimos lenços de papel que tinha

Krauss's novel is by turns comic, mythic, thoughtful, and almost heartbreakingly sad.

London Soundtrack

Kaiser Chiefs, Never Miss a Beat

What did you learn today? (I learned nothin')
What did you do today? (I did nothin')
What did you learn at school? (I didn't go)
Why didn't you go to school? (I don't know)

It's cool to know nothin'
It's cool to know nothin'

Comentários agradecem-se

"One of the most significant tributes that Power has paid to Reason."

Esta frase foi proferida pelo Juíz norte-americano na abertura dos julgamentos de Nuremberga.

Tenho até às 17h de sexta-feira para discutir a frase em duas páginas, times new roman 12, espaço 1.

Agradecem-se sugestões e comentários, em especial sob um ponto de vista legal.

Thank you very much indeed.

O meu desprezo por doutorandos

Ou de como eu hoje acordei um bocado de mau humor.

Uma vez que quase todos os temas de investigação estão esgotados, eu acho que a maioria dos doutorandos são tão só e apenas uns "papa-bolsas de estudo".

Há dias, alguém me disse "ah e tal, temos aqui um português a fazer um doutoramento sobre um país africano e o futebol", ao que eu pensei "ah e tal, preferia nem ter sabido disso, que viver na ignorância deixa-me mais feliz". Futebol????

Ontem, a minha colega de casa, cuja tese é sobre instrumentos musicais na África Oriental (?????), disse-me: "No proximo ano vou fazer trabalho de campo e ter um apartamento só para mim". O sangue subiu-se-me logo à cabeça. Enquanto ela vai estar num país quente, com o seu próprio espaço, a fazer safaris no Serengueti e a tocar tambores com os Masai, eu vou estar enfiada num apartamento com mais três ou quatro manfios, a vender a alma numa qualquer firma de advogados dessa Londres fria e cinzenta para pagar as dívidas que tive que contrair para poder fazer um mestrado num tema que realmente interessa ao mundo.

E como se a dor de cotovelo por eles terem bolsas de estudo e eu não, não fosse já suficiente para eu não gostar de doutorandos, hoje levei com mais uma em cima. Fui eu toda contente para a minha sala de computadores preferida na faculdade e... não consegui fazer log in. Humm... então fui informada que aquela sala agora é só para os senhores aspirantes a doutores de filosofia, que eles reclamaram e não se querem misturar com os restantes estudantes de pós-graduação.

"Ah e tal, mas eles agora também já não podem ir às nossas". Ah bom... assim fico mais descansada... os doutorandos já não podem usar a sala da cave, sem janelas nem saídas de ar, onde há menos de 50cm entre as filas de mesas e as impressoras estão sempre encravadas. Coitadinhos, agora vão ter que ficar enfiados numa sala enorme e espaçosa do primeiro andar, com muito mais computadores e impressoras que de facto funcionam e cujo um dos lados são só janelas a dar para o jardim.

Vão mas é trabalhar! Vão fazer qualquer coisa de útil para a sociedade!

Desmancha-prazeres

Por aqui, anda tudo doido com as eleições nos EUA. Puuuffff...

Eu lamento informar mas amanhã o mundo vai continuar igual. Ganhe quem ganhar.

Até porque nem o Mccain é tão mau como dizem, nem o Obama tão bom.

No comments

"When someone kills a man, he is put in prison. When someone kills twenty people, he is declared mentally insane. But when someone kills 200,000 people, he is invited to Geneva for peace negociations."

Piada que circulava em Sarajevo em 1994

Oh Stôra, mas dê lá um exemplo que eu não tou a perceber muito bem

Estava eu para aqui, aborrecida de morte, a estudar as novas doutrinas na interpretação do Art. 51º da Carta das Nações Unidas sobre o direito dos estados à auto-defesa e a pensar que isto são só teorias e blablabla, quando os meus amigos EUA resolvem bombadear a Síria, alegando - lá está - auto-defesa.

Fiquei logo a perceber o que alguns autores querem dizer sobre os abusos do conceito, em especial desde o 11 de Setembro e a invenção daquela maravilha que é a "Doutrina Bush".

É o que se pode chamar de live study.

Ora aí está uma boa questão

Alguém sabe o que são vinhos biodinâmicos?

As coisas com que uma pessoa se depara por estas terras...

Começou o Inverno

Was a long and dark [october]

from the rooftops i remember

there was snow

white snow

Violet Hill, Coldplay

Ainda estamos em Outubro e hoje nevou pela primeira vez.

Durante uma hora só, mas nevou.

A cidade perfeita

Paris.
Habitada por londrinos.
Vestidos à parisiense.

Uma homenagem

Nada se perde, tudo se transforma

O cartoon do The Economist desta semana.
Para os profetas do fim da história, do fim do capitalismo, do fim do mundo.

Abaixo o vintage

Esta moda da roupa vintage dá-me nos nervos, em especial em Londres onde toda gente aderiu à tendência.

Eu declaro "Abaixo o vintage" porque:

• A linha de separação entre vintage e antiquado é muito ténue e, na maioria das vezes, as pessoas parecem ter parado no tempo.
• A maior parte das peças são de um mau-gosto atroz.
• As lojas e bancas de mercado têm tanta coisa que é impossível encontrar algo de jeito.
• O vintage cheira mal e tem muito pó, o que me faz passar o tempo todo a espirrar.
• Ao contrário do que se diz, não existem pechinchas nenhumas e chega até a ser muito mais caro que nas lojas normais.
• As carteiras e sapatos têm um ar muito usado, quase podre (se bem que ninguém me convence a comprar sapatos em 2ª mão estejam eles em que estado estiverem, o que deixa as minhas amigas muito indignadas porque eu sou a única pessoa a quem estes sapatos servem).
• A única coisa de jeito são os vestidos anos 20 (os que deram origem à palavra vintage) que são, de facto, lindos de morrer. Infelizmente, não tenho ocasião para os usar, por isso não vale a pena arruinar o meu orçamento. E isto porquê? Porque ninguém se casa! Porque se alguém fizesse o favor de se casar, ou pelo menos fazer a festa, nada disto acontecia! Eu já podia comprar aquele vestidinho que ando a namorar há uma semana e sentir-me uma pessoa mais trendy. Mas não... ninguém me casa. E por isso eu continuo a fazer compras na H&M.

O Outono em Londres

London Soundtrack

Sea of Love, Cat Power
Esta até poderia ser uma boa banda sonora para o meu estudo. Mas acho esta canção de tal forma extraordinária que preciso de parar para a ouvir.
É o tipo de distração que não combina como estudo da "possibilidade de aplicação do artigo 2(4) em conflitos internos".

Música precisa-se. Com urgência

Preciso urgentemente de sugestões novas músicas para ouvir enquanto estudo.

Agradeço sugestões.

Tenho andado a ouvir Air, mas só tenho dois CDs deles e a coisa esgota-se à 30ª página.

Pan pipe moods e canções em português são de evitar.

Obrigada!

E por falar em música, vou finalmente dar o meu parecer sobre o "Viva la vida" dos Coldplay. Não gosto. Já ouvi e voltei a ouvir e nada me entra no ouvido. O "X&Y" custou, mas acabou por se entranhar. Este último albúm não. Os rapazes estragaram-se.

O Outono em Londres

Algures no norte de Londres

Chiiiiiiiiiiiuuuuuuuuuuu

Aaaaahhhh, bibliotecas... aquele lugar onde estudantes, professores, investigadores se entregam, no mais profundo silêncio, para se concentrar no avanço do conhecimento.

eeerrr....

NÃO!!!!!!!

As bibliotecas são o pior sítio do mundo para uma verdadeira concentração!

A falta do burburinho habitual dos outros locais faz com que todos os ruídos se tornem monstruosos. É o tipo que tem catarro. É o outro que desfolha um livro folha por folha. O que tenta abrir muuuuuiiiiito devagarinho um chocolate para não fazer barulho e por isso acaba por prolongar o "pouco" barulho por muuuuuiiiiito tempo. E, claro (no fundo este eu até compreendo), o desgraçado que está com os headphones para não ouvir o que se passa à volta dele, mas que faz toda gente ouvir também as suas músicas.

Como se isto não chegasse já para desconcentrar quem não está com muita vontade de ler Grotius ou de Victoria, o advento dos computadores portáteis e a internet wireless veio criar ainda mais problemas. São os fechos das mochilas onde vêm os computadores. zzzzzzzzzz para abrir zzzzzzzzzzz para fechar zzzzzzzzzzzz para a outra bolsa zzzzzzzzz do estojo. É o barulho das teclas de quem resolve escrever a tese de doutoramento inteira na biblioteca. É o idiota que resolve reler a dita tese e que passa o tempo todo a clicar no rato para fazer descer o documento tic tic tic tic tic (ainda ninguém lhe explicou que existe o scroll). E, claro, a musiquinha de abertura e encerramento do windows!!!!!!!!!

Mas, the last but not the least, o pior de tudo isto é a p*** da gaja que usa milhares de escravas (que já passaram de moda há milénios e só ela é que ainda não se apercebeu) e que nunca pára de mexer o braço! Odeio estas gajas e elas estão por todo o lado! Todo o santo lado! Em todos os países e em todas as bibliotecas, salas de aula e exames!

Vale mais estudar na igreja.

O mistério universal

Há pouco mais de um mês aqui e já tenho meias sem par.

O Outono em Londres

St James Park

O meu dia fica sempre mais alegre

quando eu avisto um esquilo num dos parques/jardins de Londres.

Book Crunch

165 euros de livros e studypacks gastos só esta semana.

Para ler até ao Natal.

Será uma surpresa?

A percepção de incapacidade do PSD para se assumir como alternativa credível não assenta apenas nas opções eleitores manifestadas pelos inquiridos. Revela-se, igualmente, na abrupta quebra de popularidade de Manuela Ferreira Leite e no facto de poucos acreditarem que o partido teria um melhor desempenho do que o PS, se fosse investido em funções governamentais.

A Ferreira Leite não podia esperar melhor que isto depois de: a) ter interrompido a sua campanha para visitar o neto; b) ter dado uma entrevista em que disse que, ao contrário dos homens, não pensa em política 24 horas por dia; c) não ter dito uma única palavra durante o verão; d) não ter comparecido na festa do pontão; e) andar a reboque do Cavaco Silva; f) ter convidado o Santana para a câmara de Lisboa.

As aulas de urdu começaram II

E só agora é que eu me apercebi que nunca ouvi urdu na vida.

Excesso de produção literária

A explicação da publicação de cinco posts (seis com este) em menos de 24 horas reside no facto de eu ter milhares de páginas para ler, algumas com uma letra muito muito pequenina, e ainda o alfabeto urdu para aprender.

Antes da invenção dos blogs, dava-me para arrumar o quarto. Agora dá-me para escrever parvoíces.

Imaginação

Numa visita ao Museu de História Natural, fiquei a saber que, para além da queda de um meteorito na Terra, foram já publicadas centenas de teorias que explicam o desaparecimento dos dinossauros. Estas são as minhas preferidas:

1. Ficaram todos com cataratas.
2. Houve um suicídio em massa.
3. Foram comidos por extra-terrestres.
4. Morreram de tédio.

Eu apostaria sobretudo na morte provocada por tédio. Afinal há milhares de anos atrás aquilo devia ser tudo um bocado seca.

Eu sinto-me ridícula quando

1. Chove e toda a gente à minha volta tem guarda-chuva menos eu, porque mais uma vez saí à rua e esqueci-me que estou em Londres e não em Tel Aviv e não levei guarda-chuva. Não está a ser nada fácil habituar-me aos novos "equipamentos".
2. Anda tudo a passear-se com os seus enormes copos de capuccino, latte ou americano e eu ando com um mini-copo de expresso, de aspecto raquítico. Acho que vou começar a pedir para me servirem o expresso em copos grandes para não me sentir tão mal.

As aulas de urdu começaram

A única coisa que me apraz dizer é:
ONDE É QUE EU ME FUI METER?????????

London Soundtrack

"5 years time", Noah amd the Whale

Porque é que eu ainda hei-de acabar a votar PS

Na 4.ª-feira, na sede do PSD, na Rua de São Caetano à Lapa,Manuela Ferreira Leite sondou Santana Lopes sobre a candidatura à Câmara de Lisboa. Santana já disse que sim. O anúncio será feito nos próximos dias pela líder do partido e pelo candidato.

Não sei qual dos dois tem menos vergonha na cara.

O tempo que por cá faz

Tenho frio.
Tenho frio na testa.
Tenho frio nas orelhas.
Tenho frio nas mãos.
Tenho tanto frio que dou por mim já em casa de ombros encolhidos por causa do frio que apanhei na rua.

Lost in Translation

Em inglês britânico, "smoke a fag" significa fumar um cigarro (smoke some fags, play some pool, pretende you never went to school - Common People, Pulp).

Em inglês americano, "smoke a fag" pode significar matar um paneleiro.

São as subtilezas da língua.

Puuuffff....

Evitando fazer comentários ao jogo, tenho que dizer que o estádio do Arsenal é fantástico, a relva é perfeita, os adeptos ingleses parecem mesmo hooligans e fiquei cheia de vontade de assistir a um jogo da liga inglesa.

Não dando o meu dinheiro por mal empregue, tenho que reconhecer que me senti um tanto humilhada. E envergonhada por ter como companhia a única pessoa que, sentada entre os adeptos do FCP, estava a vibrar com os golos do Arsenal.

Morram de inveja

Afinal vou mesmo salvar o mundo

Na onda de comprar os sapatinhos da sola vermelha, decidi que uma das minhas disciplinas devia ser económica.

Fui assistir à primeira aula de "Empresas multinacionais e direito internacional". No fim, fui falar com o professor para perguntar se ele achava que a cadeira se podia adaptar aos meus interesses. Até já tinha uma ideia para o trabalho - como as empresas lidam com as sanções económicas impostas pelo Conselho de Segurança - soava bem, não soava?

Pois a resposta do senhor foi: "Humm, não me parece que vás tirar muito partido destas aulas. Sempre podes vir assistir, mas não vale a pena inscreveres-te. O meu conselho é estudares mesmo aquilo que gostas porque os empregadores não se interessam pelas cadeiras que tiveste, mas pelas notas".

Se o senhor diz... a autoridade é ele... e eu vou voltar para o estudo das guerras, que é de facto muito mais interessante.

Brainstorming

Porque são os políticos de direita normalmente mais carismáticos e/ou charmosos que os de esquerda?

Saturday Night Out

Ainda estou a recuperar do choque de um sábado à noite em Londres: discotecas em antigas igrejas, gente a andar em ziguezague ou sem se aguentar nas pernas antes da 1 da manhã, miúdas de 18 anos vestidas como prostitutas... enfim, o estereótipo confirma-se... ou eu sou mais conservadora do que pensava.

London Soundtrack

Cold War Kids, "Something Is Not Right With Me"

Alerta

Eu faço daqui um alerta a todas as mulheres:

Não usem vestidos-envelope num dia ventoso!!!!

Os vestidos abrem e criam um certo "momento Marilyn", mostrando uma das pernas mesmo mesmo até acima.

Tendo em mente este post sobre meias e collants, decidi usar meias-calças (que, aliás, são mesmo desconfortáveis) o que me salvou de momentos ainda mais embaraçosos, como revelar a renda das meias de ligas, o que teria criando o "momento slutty Marilyn".

Tivesse eu o glamour da Marilyn, ainda vá... sempre distribuia alegrias pelas ruas de Londres. Mas acho que estou mais perto de me tornar uma Bridget Jones... sem Colin Firth ou Hugh Grant.

Dilemas

Ontem recebi um mail de uma amiga a contar uma recente viagem patrocinada por uma consultora internacional. O mail dizia: "Foi fantástico! O sector privado tem taaaaanto dinheiro [...] Acho que me vou candidatar a trabalhar com eles. Oh, eu sou horrível, mas acho que posso salvar/ajudar o planeta depois de ter trabalhado uns anos com esta consultora" (afinal o mundo ainda não foi totalmente dominado pelo credit crunch).

Curiosamente, um pensamento semelhante tinha passado pela minha cabeça horas antes, numa sessão na faculdade sobre saídas profissionais.

Não é fácil querer salvar o mundo quando há tantos Manolos, Choos e Louboutins...

Pubs, Pubs, Pubs II

Uma pessoa vai só beber um copo com amigos ao final do dia, assim antes de jantar, e chega a casa com um litro de cerveja no bucho.
E esganada de fome.

1984

Que a maioria das ruas em Londres tinha câmaras de vigilância, eu (e toda a gente) já sabia.

Para além destas, as vias bus também têm vídeo para controlar quem infringe a sua utilização.

Mas o mais incrível é que, em certas ruas, as câmaras de vídeo vêm acompanhadas de uns altifalantes. Se numa noite mais agitada e ébria, alguém deitar lixo ou bebida para o chão, sai uma voz vinda sabe-se lá de onde, qual Deus a falar a Moisés, que diz "isso é proibido, por favor pare de sujar a rua".

Importa não esquecer que isto acontece num país onde não existe bilhete de identidade porque tal é considerado uma séria violação dos direitos individuais. Depois dos atentados de 7 de Julho, o governo tentou introduzir um cartão de identificação nacional, mas a proposta não passou no parlamento. Curiosamente e para reforçar o paradoxo, este foi o mesmo parlamento que aprovou a possibilidade de detenção sem acusação durante 40 dias de suspeitos de actividade terrorista.

Ramadão

Por estes dias, estar sentada ao lado de muçulmanos nas aulas significa ouvir constantemente barulhos estranhos vindos de estomâgos famintos.

Pubs, Pubs, Pubs

Qual Cinderela que se torna Gata Borralheira ao soar da meia-noite, também eu em breve me transformarei num barril de cerveja.

Este fim-de-semana o meu estomâgo conseguiu criar uma reserva considerável.

Outro cabeçalho possível para este blog

So many stories of where I've been

And how I got to where I am

But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to

The Story, Brandi Carlile

Pontaria

Recepção aos alunos estrangeiros na faculdade.

Centenas de pessoas numa sala.

Vários lugares ainda por ocupar.

Onde é que eu acabo por me sentar? Ao lado do chinês que cheirava mal.

The sunny side of London

Surpreendentemente não chove há uma semana.
O sol tem aparecido com regularidade.
As previsões meteorológicas são boas.
Estas cadeiras em St. James Park aguardam ansiosamente por mim.

London Original Soundtrack

I love you more, The Streets

E a paquistanização também

Dia 3 de Outubro começam oficialmente as minhas aulas de Urdu.

E porquê Urdu, perguntarão vocês? Porque, segundo a BBC, é uma língua falada por 490 milhões de pessoas, um milhão das quais no Reino Unido e ajuda na aprendizagem do árabe e do persa. Ah pois é!

E até já tenho uma amiga paquistanesa que me vai dar uma ajuda!

Tandoori Chicken

Preparem esses estômagos, meus amigos.

O indiano aqui do apartamento vai sair e deixou-me como herança todas as suas especiarias e ainda me ensinou a fazer galinha tandoori (que já agora é a palavra indiana para forno - vou sair daqui uma poliglota).

Acaso o mestrado não dê emprego, abro um restaurante indiano. Até lá, vou substituir o velho peru de natal da minha avó pela minha galinha tandoori.

Caril com ele!!!!!

Eles andam aí

Este belo espécime hollywoodesco está em Londres a fazer uma peça de teatro.

É preciso andar de olhos bem abertos...

Outdated

Uma pessoa sente que está a ficar mais velha quando começam a surgir as festas temáticas das música do seu tempo. Neste caso, dos 90s.

Mas sente que está completamente parada no tempo quando passa por um cartaz a anunciar uma dessas ditas festas e repara que o tipo que está no cartaz é o mesmo que está a tocar no iPod naquele momento.

Antecipando problemas

Cheira-me que vou ter imensos problemas burocráticos na faculdade e vou passar mais de metade do meu tempo no gabinete do meu departamento...

Um dos funcionários tem uns olhos azuis que parecem duas lagoas dos atóis do Pacífico...

E ao quinto dia ela sucumbiu

Acho que vou mesmo ter que usar chapéu-de-chuva.

Devagar, devagarinho

O sotaque inglês começa a invadir o meu cérebro. Ainda não é perceptível no discurso, mas lentamente os meus pensamentos começaram a ter uma sonoridade diferente.

Quem somos, de onde viemos, para onde vamos

Uma das questões centrais na filosofia da religião é : "Sendo Deus omnipotente, poderá Ele limitar a sua própria omnipotência?"

Segundo o que aprendi hoje, o Parlamento inglês sofre o mesmo dilema.

Chapter One

Chegada a Londres há apenas dois dias, estou ainda estou "trying to figure out my way around here". Como funcionam os espaços comuns da residência, onde é o quê na faculdade, os sítios onde é mais rentável trocar dinheiro, quais os supermercados mais baratos, as ruas...

Das primeiras impressões destaco:

• Londres corresponde exactamente à imagem que tenho. Parece, aliás, que estou dentro de um filme/sitcom. Os autocarros, as cabines telefónicas, as casas, as miúdas vestidas à Kate Moss - Sienna Miller, os blue collars saídos dos filmes sobre a Inglaterra industrial, os engravatadinhos da city, os trabalhadores da construção civil sempre com o colete reflector, os indianos por todo o lado.
• A obsessão nos supermercados pela comida saudável, orgânica, originária do comércio justo e com uma pegada ecológica reduzida.
• Os ingleses são incrível e exageradamente bem-educados. Pedem desculpa à mínima coisa, desejam sempre bom dia, param na passadeira mesmo antes de eu decidir se quero passar ou não (o que é óptimo uma vez que ainda ando um bocado baralhada sobre para que lado devo olhar). Para quem veio de Israel, onde tudo se fazia à bruta e se começava aos gritos à mínima coisa, é estranho. Tenho que reaprender a refinar os meus modos.
• De facto, ora chove ora faz sol. Tenho que pensar em comprar um chapéu de chuva.