quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Um passo à frente no conceito de eutanásia

Ontem, ao pequeno-almoço, surgiu o tema "desastres de avião". É sempre uma boa conversa para ter quando duas das três pessoas presentes vão voar nesse dia.
Ora, a conversa girou à volta da descolagem e da aterragem. São, para mim, as piores partes de uma viagem de avião. Isso e as criancinhas aos gritos.
No entanto, já no avião de regresso a Londres, ocorreu-me que a parte pior é de facto o voo em si. Se algo corre mal a milhares de pés de altitude, o sofrimento é prolongadíssimo, uma vez que vai do momento em que a pessoa se apercebe que vai cair até embater de facto no solo. E isto deve parecer uma eternidade. A vida deve passar toda pelos nossos olhos, não apenas esta mas também as três encarnações anteriores.
Ora eu sugiro que, para além dos coletes salva-vidas e dos sacos de enjoo, os aviões disponham também de injecções letais de emergência. Do género daquelas que aparecem nos filmes de espiões para quando eles estão quase a ser apanhados pelo inimigo e optam por morrer. Assim, caso um avião estivesse a cair, os passageiros teriam a opção de se suicidar de imediato e não sofrer a espera pela morte que ainda por cima pode ser lenta e dolorosa.
Claro que haveria alguns exageros. Os mais radicais e impetuosos espetariam a seringa na perna mal passassem por um poço de ar. Ou se estivessem num voo de longo curso e uma criancinha não parasse de gritar; se bem que neste caso poderia não ser bem na própria perna que eles iam injectar o fluído mortal...
No entanto, a maioria das pessoas, mais cautelosas, reflectiria bastante antes de usar a injecção letal. O que, já por si, dava utilidade à seringa mesmo que ela não chegasse a ser usada. Com tamanho dilema - será que espeto, será que não espeto - distraíam-se e nem passavam pela angústia de saber que iam morrer. Quando dessem por ela já estavam estatelados no chão ou a ser comidos pelos tubarões. Sofriam menos, pois então.
Senhores das companhias aéreas, pensem nesta questão com carinho, sff.

2 comentários:

Anónimo disse...

'tou contigo, como sempre. Injecçoes letais nos avioes!!

E armas!! E policias!! E ambulancias!! E equipas de resgate!! Policia de choque!! PJ!! ASAE!!!! (apeteceu-me descambar, já acabei..)

Bom, falando seriamente, olha que quando o rabinho do aviao fugiu às maozinhas do Sr. Comandante eu pensei em milhares de coisas mas realmente percebi que a noçao (neste caso, ligeira sensaçao de medo que se traduz num suave sussurro que cospe "SHIT... JÁ FUI...") de que se calhar o aviao se vai estampar é MUITO, MAS MUITO DESAGRADÁVEL..

AINDA ASSIM.. acho que nao chegas a lado nenhum com a tua sugestao. É. A TAP ou a Ryan Air até podem dizer que sim mas depois mete-se a Igreja, opinam os Cientistas, os Assistentes de Bordo, a Malta das Malas, os Gajos do Check In... É complicado....

Mas.. 'tou contigo!!

Anónimo disse...

Era melhor uma enfermeira a bordo, porque eu concordo com a injecção, mas jamais teria coragem de me espetar a mim própria.
Tanto melhor, morria só de pensar nisso!