Um dia, estava eu num sítio importante com pessoas importantes devido a questões de elevada importância, quando alguém disse a maior barbaridade do mundo. Nesse momento, tive que me controlar seriamente para não me levantar e gritar "Tretas! Mas acha que alguém acredita nisso??? Passam a vida a violar todos os acordos e acham que nós ainda vamos em histórias da carochinha???" A minha posição júnior não me permitia dizer semelhante coisa, mas chocou-me o facto de os seniores que lá estavam não terem dito absolutamente nada.
Desde então sonho com o dia que, estando já numa posição sénior, possa levantar-me e dizer "Tretas! Passam a vida a violar o artigo 49 da GC IV que, ao contrário do que vocês dizem, se aplica a este território - que é ocupado e não disputado, btw - mesmo que a outra parte não seja uma HCP. Acham que ainda acreditamos nas vossas boas intenções??? Yeah! In your face, sucker."
É para isto que eu estudo DIH. Não é para teorizar sobre se a normativização incentiva a legitimização da violência e da morte ou se a criminalização da violação como arma de guerra subverteu as relações de género no direito internacional. Não é não.
2 comentários:
Yeahhhhhhhh,é isso mesmo, vá-se a eles Susaninha!
A hipócrisia política assim o exige, assim o determina. Essa é a questão, até quando todos vão aceitar tudo isso!!!!
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