segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Há pessoas na minha vida que, por aquilo que fizeram ou disseram, já me desiludiram. Uma, duas vezes. Mas não faz mal. Ou se calhar faz, mas acho que vale a pena mantê-las comigo. Existem outras, porém, com quem cortei de vez. Pela gravidade do que fizeram ou por já terem feito o mesmo a outros, optei por varrê-las num só golpe. Assim não há incómodos, não há o alimentar de ódios ou ruminações. E isto dá uma tranquilidade enorme à minha vidinha.


Agora, no entanto, há uma pessoa que eu, por mais que tente, não me consigo livrar. Não consigo varrer para a rua, juntamente com o cotão e as baratas. Entra-me em casa todos os dias, todo o santo dia. Nos noticiários, nos jornais, na rádio, na internet. Já tentei deixar de ver notícias, o que para uma viciada em informação só a tentativa é já um feito notável. Em vão. Porque sinto na pele as consequências das suas decisões, das suas birras, as forças hercúleas com que se agarra ao poder só pelo poder. Eu e mais 10 milhões de portugueses.


Por motivos constitucionais alheios à minha vontade, vou ter que aguentar esta pessoa mais quase um ano.

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