Anos. Anos a desejar saltitar pelas "colinas que estão vivas ao som da música" das comemorações de um dia como este. Um dia dedicado a mim e às alegrias de ser solteira e viver uma vida de luxúria e devassidão, como qualquer solteira que se preze. Um dia em que não houvesse ursinhos de peluche, balões a dizer I love you e caixas de bombons em forma de coração, mas apenas luzes vermelhas, velas de aromas afrodisíacos e clones do Ljungberg.
Só este ano é que tomei conhecimento do dia do solteiro. Agora que já me retirei da competição. Que estou quase casada, que só falta escolher o anel de noivado com diamantes Swarosvski e o crédito pessoal que o futuro noivo vai usar para mo comprar. Agora que já o vestido de noiva está imaginado, a quinta marcada, a missa apalavrada com o senhor padre, as parcelas da lua de mel previstas na lista de casamento da agência Abreu. Agora que os nomes das três crianças já estão escolhidos e registados na lista de espera do melhor colégio privado. Agora que eu já encontrei o robe cor-de-rosa roçado para usar nas noites que passarei a engomar as camisas do meu homem enquanto ele estiver a beber minis no sofá a ver o Benfica. Agora que já tenho um lote de calças 48 para vestir quando ganhar os 20 kg depois de dois anos de casamento. Agora que já comprei um protector solar não oleoso para o maridinho usar na cabeça quando ficar careca.
É que já só falta mesmo o quase. Falta informar o futuro noivo. É apanhá-lo a jeito assim numa sala onde ele não tenha muitas hipóteses de fugir a sete pés quando ouvir isto tudo.
E de repente, depois de tanto plano feito, aparecem-me com o dia do solteiro. Está mal.
2 comentários:
Uii... Com esses planos de futuro, desgraçado quando o informares! :D
Como as pessoas mudam :p é bom sinal e eu fico mto feliz ehehe E claro, faço questão de ir à prova do vestido, vale? ; )
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