A crise inspirou-me. Estou a tentar tornar-me uma pessoa melhor.
Ando a descobrir as alegrias de viver com menos dinheiro e menos bens materiais. Do minimalismo. Do aproveitar os pequenos prazeres da vida. Do voluntariado e da doação a quem precisa mais do que eu. Da alimentação saudável e do "só uma sopinha para o jantar".
As alegrias de mais literatura e menos internet. De acordar ao fim-de-semana sem ressaca.
As alegrias de uma relação a dois (já a três e quatro e cinco será um desafio mais complicado). Até ando lentamente a tentar deixar de ver notícias.
As alegrias de reclamar menos e aceitar o que a vida me dá. De evitar pessoas tóxicas. De ver as (poucas) coisas boas do meu trabalho. De aproveitar as meias manhãs de fim-de-semana. De tomar grandes e reconfortantes pequenos-almoços.
Mas por melhor pessoa que eu me torne, por mais zen-quase-a-atingir-o-nirvana-e-ser-amiga-pessoal-do-Dalai-Lama que eu seja, não creio que alguma vez venha a compreender a alegria de acordar com o despertador e de me levantar às oito da manhã. Às nove e meia eu ainda acredito, mas mais que isso só mesmo na próxima encarnação e num país onde faça sempre sol e calor.
1 comentário:
Fico feliz por saber que vives em plena alegria. Eu não acredito na alegria de acordar com o despertador, ponto. Sou daquelas que saiem da cama sempre a arrastar-se, seja a que horas for. Nunca salto da cama pronta para a vida, já com maquilhagem e tudo (como nos filmes). Mas se tu estás feliz, eu estou feliz.
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