quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O charme de viver no centro histórico

Cada vez que subo uma das colinas de Lisboa carregada com sacos do Mini-Preço, parece que oiço a Odete Santos por cima do meu ombro a declamar a Calçada de Carriche.

Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada
(...)
Luísa é nova,
desenxovalhada,
tem perna gorda,
bem torneada.

(...)

Chamasse-me eu Luísa e diria que este poema fora escrito para mim. Só não incluo a parte do homem que chega, se serve dela, Luísa não dá por nada porque senão ainda provoco aqui uma crise conjugal.
Mas é um charme que o lado mais proletário da minha vida possa ser descrito em poesia.

2 comentários:

Filipa disse...

tenho duas palavras para ti: jumbo online :P

Su disse...

E qual é o poema que eu declamava na minha cabeça enquanto esperava pelas entregas?
Se ainda fosse o Pingo Doce, eu sempre podia cantarolar a musiquinha deles.