segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Da minha janela vejo o país (I)

Da minha janela vejo uma das colinas de Lisboa. da minha janela tenho um retrato do país.
Vejo as árvores dos jardins de casas antigas, apalaçadas, herdadas por quem as estima e dá valor, sabendo quanto vale um pequeno oásis no centro da cidade, um jardim frondoso e o inevitável espaço para estacionar a larga frota automóvel.
Vejo também umas quantas penthouse no topo de edifícios recuperados e pintados de fresco. Com terraços grandes e bem aproveitados por quem sabe que o melhor de Lisboa é a luz e a vista sobre o rio. São terraços com plantas, quase árvores, elegantes guarda-sóis que não fazem publicidade à Olá ou à Sumol, espreguiçadeiras que substituem o solário. Terraços onde se aproveitam os primeiros raios de sol quente da Primavera e os últimos no Outono. Onde se bebe vinho verde gelado nos tórridos fins de tarde de Verão.
São as casa das eterna famílias de bem. São as casas dos jovens casais cool da cidade. Os que vão resistindo.

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