segunda-feira, 13 de julho de 2009

Da obscuridade

Aqui por terras estrangeiras, qual organização tem sempre no seu website uma parte que diz jobs, vacancies, employment, careers, work with us.
Seja um ministério, uma ONG (das mais conhecidas às mais manhosas), uma empresa, uma organização internacional, uma universidade ou qualquer outra coisa. E os anúncios de vagas de emprego referem-se a todas os cargos, de director a recepcionista. Se estou interessada em trabalhar ou até voluntariar para uma determinada organização, basta-me consultar o site e ver as oportunidades.
Em Portugal, às vezes parece que as entidades funcionam sem pessoas (deve ser por isso que funcionam tão mal). Nada existe nos sites. Ninguém sabe como trabalhar para elas nem como recrutam pessoas, se as recrutam tão-pouco. Pergunto-me se serão entidades fantasma, se não têm funcionários.
Cruz Vermelha, UNICEF, ACNUR, Ministérios, think-tanks, jornais. Tudo vive numa obscuridade tremenda. Pura e simplesmente não se sabe como funcionam. Ou então sabe-se, o que torna a coisa ainda mais deprimente. A cereja no topo é a Oikos, uma ONG daquelas muito boazinhas que ajudam os meninos pobres de África e que querem promover a boa-vontade de todos os cidadãos. No site, fazem uma descrição longuíssima do que é ser voluntário e que bom que é e que todos devíamos fazer e depois... ficam por aí. Não existe um "junte-se a nós", "voluntarie connosco", NADA!!!!
A única coisa que isto me suscita é repugnância.
Ah e, claro, pouca vontade ou possibilidade de algum dia regressar.

3 comentários:

underadio disse...

Oh well...Portugal no seu melhor.Infelizmente é mesmo como descreves. Mas eles agora andam entretidos a actualizar os cadernos eleitorais. Que caramba já parecia mal tanto fantasmas.Mas esqueceram-se da gente burra que colocam nas mesas eleitorais.Das últimas vezes q votei houve sempre merda mas isso não vem a propósito.
Força e sucesso na tua procura de emprego mas sabes bem q as coisas pelo estrangeiro tb não são um mar de rosas. No meu caso um de tulipas...

duquesa disse...

não podia estar mais de acordo ctg...mesmo qd queremos ser voluntários n há qlq tipo de informação!
quanto à oikos, eu fui voluntária lá durante algum tempo...enviei um email a um dos contactos disponiveis no site, marcaram um dia comigo e disseram-me o que preicsavam e eu escolhi o que estava disposta a fazer...sempre que perguntava sobre "trabalho"=ser paga, ou a ir como voluntaria para o estrangeiro (reconhecendo a necessidade de formação), aí é que as respostas eram vagas e inconclusivas...
a única opção que me resta a nível das instituições em portugal é como tu insinuaste...funcionam mal, mas continuam a funcionar porque ninguém precisa de publicitar anúncios:haverá sempre alguém conhecido para o cargo!
bjinhos, raquel d.

EU disse...

Susaninha, aqui neste país plantado na beira-mar, as coisas são muito diferentes, são bem mais complexas, bem mais escuras e sobretudo bem mais escondidas!!
O bem mais escondiddas apenas e só se deve ao facto de ser necessário esconder informações, de guardar dados na manga, não vá aparecer alguém mais competente, ou melhor competente basta, porque geralmente estão lá ilustres incompetentes que o que querem é não fazer muito e sobretudo também não deixar fazer!!!
Coisas simples de um país onde quem nada faz, desde que esteja bem encostado, nada deixa fazer!