terça-feira, 12 de outubro de 2010

O cinzento dos dias

Parece que a inspiração tão depressa veio como se foi. Entre:
- Um trabalho de que não gosto, mas pelo qual e dado o panorama laboral, eu só posso estar agradecida;
- As aulas de Urdu (sim, eu sou uma pessoa persistente... ou alguém que não saber quando deve desistir)
- Um curso online sobre Asilo e Refugiados, que supostamente só me roubaria 45 minutos por dia, mas que me tem feito perder horas só a tentar compreender como o site funciona.
- O curso de escrita criativa (tem dado um resultadão, hein)
- As viagens Lisboa - Coimbra - Lisboa
O tempo fica escasso. Mais o tempo de pensar em que escrever do que a escrita em si mesma.
Falarei de quê? Das edições limitadas dos vernizes Chanel que toda a gente parece usar menos eu? Da chantagem política que antigos dirigentes do PSD, um dos quais deu alegremente de frosques e agora vem dar bitaites, estão a fazer ao Passos Coelho? Da Moda Lisboa, a que posso perfeitamente fingir que fui, pondo aqui umas fotos do Filipe Faísca? Da falta de carácter e vergonha na cara do Primeiro-Ministro? Do concerto dos U2?
São dias difíceis estes. Dias de tédio, de falta de esperança, de conversas iguais e igualmente más. Dizem que a necessidade aguça o génio. O meu, coitadinho, ainda não saiu da lâmpada mágica. Está lá, abrigado da chuva e do frio que já começa a apertar quando saio de casa de manhã. Não está com ar de quem quer sair de lá tão depressa. Por muito que eu esfregue.

2 comentários:

Marília Cunha disse...

Susana,
Não a conheço mas já a leio há muito tempo (desde os tempos das aventuras pelo Médio Oriente). A sua descrição poderia ter sido a minha. A falta de ânimo é geral... Dias mais inspirados virão.
Cumprimentos,
Marília Cunha

Su disse...

AAAh o Médio Oriente, bons tempos esses.

Espero que o sol de hoje ilumine os nossos dias.

:)